
A obra literária mais antiga que existe sobre elas se encontra na "Odisséia" de Homero, escrita no ano 850 a. C., na qual o herói, Ulisses, alertado pela feiticeira Circe, não cai prisioneiro de seus encantos, ao passar próximo da ilha onde habitam, tapando os ouvidos dos marinheiros e fazendo-se atar no mastro do navio. Desde então, as sereias passaram a ser um símbolo mitológico das artes da sedução e da atração feminina.
Um exemplo típico de sereia selvagem é a que aparece no conto "O Senhor de Lorntie", que conta Robert Chambers em "Popular Rhymes of Scotland":
"O jovem Senhor de Lorntie, em Forfarshire, regressava uma tarde de uma excursão de caça, acompanhado somente por um criado e dois cães galgos, quando, ao passar junto de um lago solitário situado a umas três milhas ao sul de Lorntie, e que naquela época estava completamente rodeado de bosque, ouviu os gritos de uma mulher que parecia estar afogando-se.
Sendo de caráter intrépido, o jovem lord pulou do cavalo e se dirigiu a margem do lago, e ali viu uma bela mulher que lutava com a água e parecia estar à ponto de afogar-se.
-"Socorro, socorro, Lorntie!", exclamou.
"Socorro, Lorntie, socorro, Lor...." e as águas, penetrando em sua garganta, pareceram afogar os últimos sons de sua voz. O Lord, incapaz de resistir a um impulso de humanidade, se lançou no lago, e quase ia agarrar os loiros cabelos da dama, que flutuavam como madeixas de ouro sobre a água, quando seu criado o segurou por trás e o obrigou a sair do lago.
O servo, mais perspicaz que seu amo, se deu conta que aquela era um espírito aquático.
"Espera, Lorntie, espera um instante!", exclamou o fiel servo, "aquela dama não era outra, Deus nos proteja! que uma sereia!"
Lorntie, imediatamente reconheceu a verdade dessa asseveração, que, enquanto montava de novo em seu cavalo, se viu confirmada quando a sereia, tirando meio corpo para fora da água, exclamando um voz de frustração e ferocidade:
"Lorntie, Lorntie, se não fosse por teu criado, teria seria sido uma presa muito fácil!".
"O jovem Senhor de Lorntie, em Forfarshire, regressava uma tarde de uma excursão de caça, acompanhado somente por um criado e dois cães galgos, quando, ao passar junto de um lago solitário situado a umas três milhas ao sul de Lorntie, e que naquela época estava completamente rodeado de bosque, ouviu os gritos de uma mulher que parecia estar afogando-se.
Sendo de caráter intrépido, o jovem lord pulou do cavalo e se dirigiu a margem do lago, e ali viu uma bela mulher que lutava com a água e parecia estar à ponto de afogar-se.
-"Socorro, socorro, Lorntie!", exclamou.
"Socorro, Lorntie, socorro, Lor...." e as águas, penetrando em sua garganta, pareceram afogar os últimos sons de sua voz. O Lord, incapaz de resistir a um impulso de humanidade, se lançou no lago, e quase ia agarrar os loiros cabelos da dama, que flutuavam como madeixas de ouro sobre a água, quando seu criado o segurou por trás e o obrigou a sair do lago.
O servo, mais perspicaz que seu amo, se deu conta que aquela era um espírito aquático.
"Espera, Lorntie, espera um instante!", exclamou o fiel servo, "aquela dama não era outra, Deus nos proteja! que uma sereia!"
Lorntie, imediatamente reconheceu a verdade dessa asseveração, que, enquanto montava de novo em seu cavalo, se viu confirmada quando a sereia, tirando meio corpo para fora da água, exclamando um voz de frustração e ferocidade:
"Lorntie, Lorntie, se não fosse por teu criado, teria seria sido uma presa muito fácil!".